Fazenda Currais é destaque cultural na região de Almenara, no vale do Jequitinhonha
São 85 anos de muitas histórias.
Com sua arquitetura eclética de 1929 e seu acervo mobiliário e Sacro, e a primeira fazenda a ter energia hidráulica no Vale do Jequitinhonha, foi lugar de concentração de moradores em busca de informações durante a Segunda Guerra Mundial. Sempre pertenceu a mesma família há varias gerações. Firmiano Alves Torres e Maria Florentina Lacerda Torres foram seus primeiros moradores.
Como não haviam igrejas e nem capelas próximas, era normal que nas fazendas existissem oratórios dentro das casas e numa sala especial. Isso quando o próprio fazendeiro não construía na propriedade o seu próprio templo, para que a comunidade orasse aos domingos e ali realizassem batizados e casamentos. Por esse motivo, possivelmente nesse acervo devem existir bens de natureza religiosa e de usos domésticos como oratórios, crucifixos, candelabros, imagens de santos, baús, fotografias e livros de registro.
A fazenda Currais possui um variado e rico acervo de bens móveis que vão desde mobiliários, ate imaginárias e utensílio de uso doméstico. A própria casa da fazenda é um valioso exemplar da arquitetura colonial rural da primeira metade do século XX.
Varias pequenas comunidades se espalham pela Zona Rural e todas fazem parte da área a ser inventariada. A mais importante delas é a comunidade da Fazenda Gentil (Córrego Sapata) que teve sua ocupação por volta de 1948, com a construção da primeira casa do Sr. Felismino Rodrigues dos Santos. Logo em seguida foi construída a primeira igreja de Nossa Senhora Aparecida.
Tais características tornam a zona rural distinta em organização e evolução das outras áreas com características mais urbanas, principalmente a área I - que era o centro comercial, social e político de todo o território - e em relação ás áreas II e III que já possuem um mínimo de organização sócio-urbana.